Elastografia Hepática: Uma Abordagem Não Invasiva para Avaliação da Fibrose Hepática

O que é Elastografia Hepática?

A elastografia hepática é um procedimento não invasivo semelhante a um ultrassom, que mede a rigidez do fígado e auxilia no diagnóstico da fibrose hepática em várias doenças, como esteatose hepática, cirrose alcoólica, cirrose viral (hepatite B e C), hepatites autoimunes, entre outras.

Técnica e Benefícios

As técnicas de elástografia, utilizando ondas de cisalhamento (shear wave), têm sido amplamente aplicadas no estadiamento da fibrose em pacientes com doença hepática crônica. Esses métodos são não invasivos, seguros, reprodutíveis e apresentam boa precisão na avaliação da fibrose hepática.

A deposição de fibrose hepática causa alterações mecânicas no fígado, resultando em aumento da rigidez do órgão. Essas alterações podem ser detectadas qualitativamente pelo exame físico. Nesse contexto, a elastografia hepática é um exame complementar que avalia de forma quantitativa as propriedades biomecânicas do tecido hepático, associadas às forças restauradoras e à deformação de cisalhamento.

Procedimento e Técnica

A elástografia hepática deve ser realizada com o paciente em decúbito dorsal, com o braço direito em abdução máxima para facilitar o acesso ao lobo direito do fígado. As medidas são realizadas entre os espaços intercostais (9º ao 11º), no nível em que uma biópsia hepática seria executada.

Para obter resultados mais precisos, é importante seguir protocolos rigorosos durante o exame, tanto para a elastografia baseada em propagação de ondas (pSWE) como para a elastografia 2D (2D-SWE):

  • O paciente deve estar em jejum de 4 a 6 horas, uma vez que a ingestão de alimentos pode afetar a rigidez hepática devido ao aumento do fluxo sanguíneo.
  • O paciente deve ser examinado em decúbito dorsal ou leve inclinação lateral esquerda, com o braço direito em extensão máxima.
  • O transdutor é posicionado em um espaço intercostal direito para visualizar o lobo direito do fígado no modo B, evitando artefatos e grandes vasos na região de interesse (ROI).
  • A ROI ideal deve estar localizada, no mínimo, a 1-2 cm e, no máximo, a 6 cm abaixo da cápsula do fígado.
  • A aquisição das medidas deve ser feita no final da expiração, pois a inspiração profunda pode afetar o resultado.

Fatores que Podem Interferir na Avaliação da Fibrose

É importante destacar que a rigidez hepática não é determinada apenas pela quantidade de fibrose presente, mas também pode refletir outras condições fisiológicas ou patológicas. Alguns fatores que podem confundir a avaliação da fibrose hepática incluem inflamação (representada pelo aumento das transaminases), colestase extra-hepática, congestão hepática, amiloidose, linfomas, hematopoiese extramedular e esteatose hepática. A reversão desses processos também pode reduzir a rigidez hepática, como a abstinência alcoólica, cura da hepatite C, supressão viral na hepatite B, entre outros. Além disso, a atividade física e a ingestão de alimentos também podem influenciar os resultados.

A Elástografia Hepática como Ferramenta Diagnóstica

A elastografia hepática é uma técnica valiosa na avaliação da fibrose hepática, fornecendo informações importantes para o diagnóstico e o acompanhamento de pacientes com doenças hepáticas crônicas. É um método não invasivo, rápido e seguro, que permite uma avaliação mais precisa e reprodutível da rigidez do fígado.

Novidade

Hoje a elastografia além de ser realizado no fígado, também pode ser feito no baço com a finalidade de avaliar hipertensão portal, e rigidez esplênica, e também nos rins.

Entre em contato pelo WhatsApp para agendar sua consulta e obter mais informações sobre a elástografia hepática e os cuidados com a saúde do seu fígado.

Créditos da imagem: Freepik

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn